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09 de Outubro de 2025

Nova diretriz para hipertensão pode desafogar o SUS e engajar população em práticas de cuidado contínuo, segundo especialista do CEJAM

A nova diretriz brasileira para hipertensão arterial mudou a forma de avaliar a pressão considerada saudável e pode impactar milhões de brasileiros. Em atualização divulgada recentemente pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), em conjunto com entidades médicas, medições de 12 por 8 (120/80 mmHg), que antes eram vistas como normais, passam a ser enquadradas como pré-hipertensão. A ideia é antecipar a detecção de risco e reforçar medidas de prevenção antes que a doença se instale de fato.

A mudança ocorre em um cenário de alta prevalência da doença. Estimativas do Ministério da Saúde indicam que cerca de 30% da população adulta no Brasil convive com hipertensão, uma condição silenciosa que aumenta o risco de infarto, acidente vascular cerebral e problemas renais.

Para Lilian Cavalheiro, cardiologista do AMA Especialidades Jardim São Luiz, unidade gerenciada pelo CEJAM em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo (SMS-SP), a nova classificação deve ampliar a busca por acompanhamento médico e estimular hábitos mais saudáveis. “Pacientes que antes acreditavam estar fora de risco agora precisam entender que valores de 12 por 8 não são mais um sinal de tranquilidade. Essa é uma oportunidade para agir antes, com ajustes simples na rotina, capazes de evitar que a pré-hipertensão evolua para um quadro mais grave”, explica.

A nova diretriz também dedica um capítulo específico ao Sistema Único de Saúde, reconhecendo que cerca de 75% dos pacientes hipertensos são acompanhados pela rede pública. O texto propõe adaptações às condições do SUS, com foco na atenção primária, como a priorização de medicamentos já disponíveis, protocolos de acompanhamento multiprofissional e incentivo ao uso de monitoramento residencial e ambulatorial, quando possível.

“Essa é uma sinalização muito importante para a realidade brasileira. O SUS é a porta de entrada para a maioria dos pacientes e, quando recebe orientações claras e aplicáveis, consegue oferecer um acompanhamento mais eficiente e equitativo, reduzindo desigualdades regionais e melhorando o controle da pressão em todo o país”, afirma Lilian.

Segundo a especialista, essa mudança também reafirma a importância de políticas públicas que facilitem a adoção de hábitos preventivos, especialmente em regiões mais vulneráveis. “Muitas pessoas enfrentam dificuldades para ter acesso a alimentos saudáveis ou espaços seguros para a prática de exercícios. Por isso, é fundamental que as estratégias de saúde contemplem desde orientação médica até programas comunitários que tornem essas recomendações viáveis no dia a dia”, acrescenta.

Ao reclassificar o que é considerado pressão normal, as entidades médicas pretendem reduzir complicações que sobrecarregam o sistema de saúde e afetam a qualidade de vida de milhões de brasileiros. A efetividade da medida, no entanto, dependerá tanto da adesão dos profissionais de saúde quanto do engajamento da população em adotar práticas de cuidado contínuo com a pressão arterial.

Fonte: Comunicação, Marketing e Relacionamento

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