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Saúde

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16 de Maio de 2025

Nova norma regulamentadora reforça papel das empresas na saúde mental dos colaboradores

Foto: Freepik

No mês de maio, momento em que se celebra o Dia do Trabalho, o debate sobre saúde mental no ambiente corporativo ganha força com a NR-1/2025, nova norma regulamentadora do Ministério do Trabalho que exige das empresas a identificação e o gerenciamento de riscos psicossociais dos colaboradores, que inclui estresse, assédio e sobrecarga psicológica.

O primeiro ano de vigência da norma será considerado um período de educação e adaptação. As empresas terão até maio de 2026 para se adequar plenamente às novas exigências, sem aplicação de penalidades durante esse prazo. A medida visa garantir que os empregadores tenham tempo para revisar políticas internas, treinar equipes e implementar ferramentas de apoio que atendam à nova legislação.

A medida chega em um momento oportuno: segundo dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, com base em registros do INSS, o Brasil registrou em 2024 quase meio milhão de afastamentos do trabalho por transtornos mentais, o maior número da última década. Questões como ambientes tóxicos e a falta de reconhecimento estão entre os principais vilões da saúde emocional dos profissionais.

“O trabalho pode ser uma importante fonte de realização, mas também pode afetar diretamente a saúde mental se não houver equilíbrio e apoio adequado. Passamos a maior parte do nosso tempo no trabalho — e isso não pode ser ignorado”, alerta o Dr. Gustavo Vinent, médico e supervisor de Saúde Ocupacional do CEJAM.

A atualização da Norma Regulamentadora nº 1 reforça a obrigatoriedade de que os empregadores incluam os aspectos psicossociais em seus Programas de Gerenciamento de Riscos (PGR), com ações práticas como o mapeamento de fatores de sobrecarga, treinamentos para líderes e equipes, canais de apoio psicológico, revisão de metas e políticas internas, além de monitoramento contínuo do bem-estar emocional.

“A NR-1 inaugura um novo momento nas empresas, em que a saúde mental deixa de ser um tabu e passa a ser uma responsabilidade clara da gestão”, destaca Dr. Gustavo. “O setor de Saúde Ocupacional passa a ter um papel ainda mais estratégico, atuando com o RH e a Segurança do Trabalho para mapear riscos e oferecer suporte contínuo aos colaboradores.”

Além dos prejuízos humanos, os transtornos emocionais têm impacto direto na produtividade, com aumento de erros, dificuldades em cumprir prazos e índices altos de absenteísmo. “O colaborador até pode estar fisicamente presente, mas se estiver emocionalmente esgotado, o rendimento cai drasticamente”, reforça o médico.

Apesar da crescente conscientização, muitas pessoas ainda resistem a procurar ajuda profissional. Essa resistência, segundo o especialista, pode estar relacionada ao estigma social, à falta de informação sobre a importância do cuidado, a crenças equivocadas de que é possível lidar com tudo sozinho, ao acesso limitado a psicólogos, além do medo de serem mal interpretadas ou prejudicadas em seus ambientes de trabalho. “Muitos ainda enxergam o estresse e o esgotamento como algo ‘normal’ e como parte do processo, principalmente em rotinas exigentes. Isso precisa mudar”, pontua.

O médico também destaca a importância do SUS no apoio à saúde psicossocial dos trabalhadores, especialmente por meio da Estratégia Saúde da Família (ESF), que oferece cuidado próximo das comunidades, com equipes multiprofissionais que identificam sinais de sofrimento psíquico e promovem ações preventivas, como palestras, grupos de apoio e acompanhamento individualizado. Além disso, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) continuam sendo referência no atendimento a casos mais complexos.

Para o Dr. Vinent, promover o equilíbrio entre vida pessoal e profissional é uma das formas mais efetivas de prevenir quadros de estresse emocional e esgotamento mental. “É preciso estabelecer limites, valorizar pausas, reconhecer conquistas e praticar atividades que tragam bem-estar.” Ele também aponta estratégias simples para o dia a dia: “Respeitar horários, fazer pausas regulares, manter uma boa alimentação, praticar atividades físicas e buscar ajuda profissional são atitudes que fazem diferença.”

Fonte: Comunicação, Marketing e Relacionamento

Saúde Prevenção

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